Motivos de sobra
A onda política que o país enfrenta neste momento é prova de uma democracia desregulada ou, no mínimo, anarquista. Com o PT – Partido dos Trabalhadores no Poder há mais de treze anos, é óbvio que o desgaste aparece inevitavelmente. E ainda mais com o roubo aos cofres públicos por parte dos aloprados desse partido que a cada momento se locupletam à custa da miséria do povo.
A bagunça política e administrativa a qual assistimos bestificados, até parece coisa de filme de ficção, mas ao é, para infelicidade de todos nós. O projeto do PT de permanecer no Poder por longos anos, dá demonstrações de enfraquecimento e precoce fim. O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para os petistas é considerado golpe, mas se observar-mos, o golpe maior é do seu governo aos miseráveis.
Como se não bastassem as manobras com os bancos para cobrir rombos financeiros apelidadas de “pedaladas fiscais”, ainda amargamos os desmandos dos assaltos aos cofres públicos, o maior desvio de dinheiro do mundo na Petrobras, o caixa dois de campanha, o enriquecimento pavoroso do ex-presidente Lula da Silva e seus filhos, políticos de toda ordem do PT, o descontrole administrativo do país, a inflação, aumentos abusivos da gasolina, gás, energia elétrica, alimentos, educação e o diabo a quatro.
Será que isto não é motivo para o afastamento da “presidenta?”. Ora bolas! Por menos que isso o ex-presidente Collor de Melo foi defenestrado do cargo apenas pela compra não declarada de um carro Fiat Elba. Agora, querer dizer que a culpa toda é do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha e do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, é querer achar que todos os brasileiros são burros.
Evidente que Cunha também não é lá essa flor que se cheire. Tem seus pecados. Mas está apenas cumprindo o que lhe é de direito, pelo menos, até o momento. Ele mesmo rejeitou mais de 35 pedidos de impeachment contra a presidente Dilma, e os engavetou. Se foi barganha para permanecer no cargo, a presidente também usou das mesmas prerrogativas. Tudo fede.
Por sua vez, Temer aguarda tudo calado como bom caçador só esperando a hora da onça beber água e se apear no Poder com unhas e dentes. É outro da mesma laia. Não tem credibilidade. E quem tem? No curso natural da vida, o brasileiro assiste a mais um capítulo da esculhambação dos políticos e torcem que esse filme acabe logo para recomeçar as esperanças como ocorre todo final de ano. E tome fé.
Vilson Santtos
EDITORIA DO JC