O anúncio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a presença do vírus zika ativo na saliva e na urina acendeu mais uma alerta entre as mulheres que pretendem engravidar ou já estão grávidas. Ainda não se sabe o vírus pode ser, de fato, transmitido por esses fluidos. Na terça-feira (3), autoridades de saúde americanas já haviam confirmado que o vírus pode ser transmitido por relações sexuais. As possíveis novas formas de transmissão preocupam porque aumentam as possibilidades de infecção, associada à microcefalia em bebês em gestação.
O infectologista Ricardo Diaz, professor da Universidade Federal de São Paulo, conversou com ÉPOCA para esclarecer o que a nova descoberta significa, na prática, para as mulheres. Diante da gravidade da infecção em gestantes, Diaz recomenda cautela: mesmo que a transmissão por saliva ainda não esteja confirmada, vale evitar compartilhar talheres, copos, cigarros e tomar cuidado com beijos. Usar máscaras, porém, é exagero.
O vírus zika não é transmitido pelas vias respiratórias como o da gripe, que se aloja em mucosas." O mosquito Aedes aegypti ainda é o principal inimigo. "Com certeza, o vírus é muito mais transmitido pelo mosquito. A injeção no sangue, como o mosquito faz, é mais eficiente", afirma Diaz.
Fonte: Época