Lendo em um de nossos portais sobre o caso de um juiz que foi impedido de acompanhar comitiva ao Centro Administrativo, ficou mais uma vez evidenciado o descaso com os que dependem de facilitadores para se locomover em nossa cidade.
Quando me refiro a acessibilidade não estou falando apenas dos cadeirantes, me refiro também aos idosos, com dificuldades de locomoção e aos cegos, que sempre são esquecidos ou não são “vistos” nos projetos.
São calçadas desniveladas. Cada proprietário faz a sua do jeito que acha que deve fazer e a prefeitura deixa passar, causando transtornos a todos. São rampas que não obedecem aos padrões e normas. É a falta de piso tátil para o deficiente visual e por aí vai.
Sobre as vagas de estacionamento para idosos e deficientes, parece piada e de mau gosto, pois ninguém respeita. É comum ouvir: “é rapidinho” ou então o preguiçoso estaciona do lado do motorista, na faixa amarela que é o espaço destinado para que o deficiente possa se retirar do veículo com tranqüilidade, ou seja, atrapalha/ocupa o espaço que não é seu.
Mas o tema é complexo e requer que todos estejam empenhados em sua solução, pois o número de pessoas com deficiência, seja ela qual for, não tende a diminuir, ao contrário, pelo andar da carruagem vai continuar aumentando em proporção maior do que a conscientização da população para o problema de acessibilidade.
Assim, vamos continuar vendo casos como esse sendo veiculados. Todos ficam sem querer acreditar, mas o problema vai permanecer.