O Ministério Público do Piauí requereu a conversão da prisão temporária em prisão preventiva do capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson da Silva Nascimento, acusado de matar a namorada, Camilla Abreu. Com isso, a Polícia Civil terá um prazo de mais 30 dias para concluir o inquérito policial.

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Barêtta, afirma que foi comunicado sobre a decisão da Justiça na sexta-feira (18) e que aguarda a entrega dos laudos nesta segunda-feira.

“O pedido foi impetrado pelo promotor Benigno Filho na sexta-feira passada e acabou sendo acatado pela Justiça. Agora estamos aguardando a chegada dos laudos para serem anexados ao inquérito policial, que deverá ser concluído em breve”, afirma o delegado.

Ainda de acordo com o delgado Barêtta, existem provas concretas contra Alisson Wattson e ele não pode ser colocado em liberdade.

“As investigações levam a várias provas contra Alisson Wattson, que assassinou friamente Camilla Abreu. Ele deve continuar preso e responder por homicídio qualificado”, disse Barreta.

No início do mês, a perícia realizada no corpo da universitária Camilla Abreu revelou o trajeto da bala que matou a jovem. De acordo com o laudo cadavérico o tiro atingiu a nuca da estudante e saiu próxima a orelha esquerda.

O laudo cadavérico descartou ainda que Camilla Abreu tenha sofrido estupro. O Instituto Médico Legal (IML), deverá ainda realizar outros exames de criminalísticas para detectar a dinâmica do crime.

Entenda o caso

A jovem Camilla Abreu desapareceu no dia 25 de outubro e seis dias depois, a polícia encontrou o corpo da estudante no povoado Mucuim, próximo ao Rodoanel, da estrada que liga Teresina a Altos. O corpo estava em avançado estado de putrefação e foi encaminhado para o IML.

O capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson, namorado da vítima, foi preso como principal suspeito no desaparecimento da estudante Camilla Abreu. A prisão foi decretada pelo juiz da Central de Inquéritos, Luiz Moura.

Wattson segue recolhido ao Presídio Militar no Quartel do Comando Geral (QCG) em Teresina, desde o dia 31 de outubro.