Assassino pode se beneficiar com manobra de advogados
O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), absolveu Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca contra o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado. A decisão foi proferida após o processo criminal que considerou Adélio inimputável por transtorno mental.
Na decisão, o magistrado decidiu também que Adélio Bispo deveria ficar internado em um manicômio judiciário por tempo indeterminado. No entanto, diante da periculosidade do acusado, ele permanecerá no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o atentado.
Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio enquanto fazia campanha na cidade mineira, no dia 6 de setembro do ano passado.
No mês passado, após a realização de laudos periciais oficiais, o juiz concluiu que Adélio é inimputável, ou seja, de acordo com as leis penais, não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com a perícia, o acusado é portador de transtorno delirante persistente.
"Todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de transtorno delirante persistente. Quanto à avaliação sobre a capacidade de entendimento do caráter ilícito do fato e a capacidade de determinação do acusado, suas conclusões oscilaram entre a inimputabilidade e a semi-imputabilidade", diz a decisão.
Assista ao vídeo com as aberrações do advogado do criminoso
As verborragias de um advogado petulante
Conforme denúncia feita pelo MPF e aceita pela Justiça, o acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.
De acordo com o procurador autor da denúncia, Adélio Bispo planejou o ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa.
A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um problema mental.
Advogados sabem quem mandou matar Bolsonaro
Em tom de deboche, durante entrevista à repórter Roberta Lopes Alves, o advogado abastado, Zanone Manuel de Oliveira, que defende com um unhas e dentes o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro, disse que quem o pagou foi o próprio Adélio Bispo a mando de Deus com o dinheiro das emissoras de televisão do país.
Foi nesta entrevista que Zanone pode ter feito uma confissão que tem potencial para mudar os rumos do caso da tentativa de assassinato de Jair Bolsonaro. Em dado momento, a jornalista pergunta ao advogado: “A quem interessa esconder quem foi que mandou matar Bolsonaro?”, a resposta de Zanone é clara “a pessoa que me pagou”.
Emissoras de tv pagam advogados
Durante a entrevista Zanone faz uma declaração surpreendente. O advogado afirma que emissoras de TV estão financiando os advogados que estão fazendo a defesa de Adélio Bispo.
“Tirando aquele primeiro contato em que a pessoa que me pagou, eu, Zanone, no interior do meu escritório, a partir daí todas as despesas foram bancadas por algumas emissoras de televisão não vou citar o nome para você, nem para o Brasil [..]”.
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