A cooperativa de taxistas de Teresina, a Cootaero, que há décadas monopoliza o ponto de embarque e desembarque do acanhado e único aeroporto da capital, agora é de fato e de direito, dona do espaço que deveria ser destinado a passageiros e clientes em trânsito.
Ao pagar cerca de R$ 6 mil para ocupar um ponto estratégico dentro da casa de passageiros, esta empresa detém todo o espaço físico na entrada e saída de quem chega ou de quem vai viajar, impedindo os veículos de apanhar seu viajante nas principais portas de embarque e desembarque.
Por esse valor e mais 15% de cada viagem, a cooperativa se acha no direito de ocupar todo o espaço externo com seus táxis, impedindo que outro se aproxime sob as ameaças dos policiais coniventes com o conluio da multa sem nenhuma explicação.
Sem espaço, taxistas obrigam carros particulares a serem multados
Mesmo com o estacionamento próprio do aeroporto, muitos evitam estacionar seus carros no local para não serem extorquidos e aviltados com valores absurdos por minuto. Há, de fato, uma indústria caracterizada sob os auspícios da Infraero, que nada faz para amenizar a situação.
Urge providências por parte da autoridade responsável para enxergar o outro lado da moeda, que é de dar chances ao passageiro e seus pares, de também usufruírem das mesmas condições dos taxistas, pois são estes que bancam todas as despesas para manutenção da menor casa de passageiros aeroportuária do país.