O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou hoje que o salário-mínimo em 2020 pode passar dos R$ 1.039 para R$ 1.045. Segundo ele, isso depende de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro está reunido na tarde de hoje com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o tema será discutido entre os dois, segundo Waldery. Para reajustar o valor do mínimo em 2020, o Executivo considerou uma inflação mais baixa (3,86%) do que o percentual que foi anunciado oficialmente na última semana (4,48%). Pela projeção inicial, o salário mínimo passou de R$ 998 para R$ 1.039.
Waldery ressaltou que o aumento de R$ 6 no valor do salário-mínimo terá um impacto de R$ 2,13 bilhões nas contas públicas. Para cada R$ 1 de aumento no piso salarial, o impacto para os cofres públicos é de R$ 355 milhões.
VEJA O QUE DISSE O PRESIDENTE
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que há espaço para reajustar o salário mínimo de forma a recompor a inflação do ano passado. O presidente, que irá se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça, defendeu que o reajuste leve em conta a variação dos preços no ano passado, apesar do impacto nas contas públicas.
No último dia de 2019, o presidente assinou medida provisória estabelecendo o salário mínimo em 1.039,00 reais para 2020, um reajuste de 4,1%. No entanto, a inflação do ano passado medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 4,48%, segundo divulgado pelo IBGE no início de janeiro.
O governo estima que para cada aumento de 1 real no salário mínimo as despesas com benefícios da Previdência, abono e seguro desemprego e benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica de Assistência Social e da Renda Mensal Vitalícia se elevam em 2020 em aproximadamente 355,5 milhões de reais.
Portaria do Ministério da Economia publicada no Diário Oficial nesta terça-feira já estabeleceu aumento de 4,48% nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).