Os secretários de Governo, Administração e de Educação, Osmar Júnior, Merlong Solano e Ellen Gera, estiveram nesta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa para entregar a mensagem do governo que concede o reajuste dos trabalhadores ativos e aposentados da Educação do Estado.
De acordo com o secretário Osmar Júnior, o reajuste será concedido conforme seja liberado os limites impostos pela LRF. "Será concedido o reajuste para que no momento em que o estado saia deste limite possa ser pago", afirmou.
Merlong Solano disse que salário previsto pelo governo é de R$ 3.167,00, maior que o piso nacional. Segundo o secretário a expetativa é de que o projeto seja avaliado durante o mês de março para ser implementado ao fim.
O presidente da Assembleia Themístocles Filho (MDB) garantiu que o diálogo com a categoria está garantido. Uma audiência pública deve ser realizada e o líder do governo na casa, deputado Francisco Costa (PT) garantiu que o debate será feito.
"Será como todos os projetos, mas nenhum deputado vota contra aumento. Claro que terá o diálogo, todas as categorias na classe serão ouvidas. Tudo aqui na Assembleia é feito no diálogo. A matéria vai tramitar nas comissões e quem diz quando deve ser votado são os deputados das comissões, após as discussões não é o presidente da Assembleia, não", explicou.
Na manhã desta segunda-feira (17) o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (Sinte-P1) realizou mais um ato no Palácio de Karnak. A categoria está em greve desde a semana passada contra o descumprimento, por parte do governo, do reajuste nos salários de 2019 e 2020.
"A educação pública piauiense, há muito tempo é vilipendiada e, no atual cenário, sem o reajuste salarial de 4,17% referente ao ano de 2019; sem o reajuste salarial de 12,84% referente a 2020; sem mudanças de classe mudança de nível; sem enquadramento dos administrativos e com a morosidade no trâmite dos processos de aposentadoria; a precariedade da infraestrutura das escolas e a imoral realidade criminosa do transporte e da merenda escolar decente, a greve continua, canalizando a revolta contra o governo estadual", diz trecho de nota publicada pelo Sinte-PI.
Manifestação nesta terça-feira
O Sinte-PI informou que está marcado para acontecer nesta terça-feira (18) um novo ato em frente à Assembleia Legislativa (Alepi). A atividade acontecerá a partir das 9h, no pátio da Alepi.
"O Sinte defende o diálogo e o governador Wellington Dias em nenhum momento se dispôs a conversar com a categoria. Estamos solicitando audiência com o governador desde 8 de dezembro, mas até o momento não fomos recebidos. As informações que temos é através da imprensa", frisou Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.
Segundo Paulina, a proposta encaminhada à Alepi não atende as reivindicações da categoria. Pois o índice de reajuste a que se refere é de 2019. "Queremos o reajuste de 2019 e de 2020 para todos, professores, funcionários, ativos e aposentados, além de uma escola digna de trabalho e de estudo", disse.
O sindicato afirmou ainda que lamenta a postura do governador ao não negociar com a categoria. "Lamentamos a postura intransigente do governador Wellington Dias em não dialogar com o Sindicato, entidade que representa a categoria da educação. Estaremos firmes na greve por nossos direitos e por uma educação pública de qualidade até que o governador apresente uma proposta que atenda as reivindicações da categoria", enfatizou Paulina.