Aurélio Wander Bastos
A grande questão das pesquisas foi a concentração da leitura das tendências eleitorais nacionais e não nos estados. Da mesma forma, com relação aos Senadores no contexto das eleições majoritárias. Não foi o Bolsonaro que reverteu as tendências, mas a reversão de tendências das eleições majoritárias nos estados e no Senado influenciaram sobre o total de votos em Bolsonaro. Esta reversão evoluiu de uma estratégia de ação política refletida, diante das dificuldades de Bolsonaro puxar os resultados eleitorais.
O crescimento percentual de votos nos estados demonstra os efeitos percentuais determinantes do total de votos dos estados sobre a campanha do candidato a Presidência Bolsonaro.
Por outro lado, o crescimento de Simone Tebet subtraiu votos de Lula e atraiu os indecisos e os votos de Bolsonaro o que se prévia como votos de Lula
O país está eleitoral mente dividido, tendo em vista a onda Centro - Norte e Sueste, que consolidou inclinações diferentes a candidatura esperada.
Isto significa que o crescimento dos governadores não significa que o crescimento do candidato Bolsonaro deve-se as suas próprias ações, mas é efeito das eleições dos governadores, que arrastaram a virada percentual dos votos nos Estados, o que se justifica com a genérica eleição de Senadores bolsonaristas. Esta situação indica também que eles ajudaram arrastar votos para Bolsonaro. Não foi Bolsonaro que ganhou a eleição para governadores e senadores, mas eles inflaram os votos de Bolsonaro. O fenômeno bolsonarismo está mais forte e extensivo do que Bolsonaro.
Finalmente, se Lula perde nos estados brasileiros, fica evidente que a sua força política individual se destaca vencedora em relação a Bolsonaro, em todo o Brasil. Lula foi o vencedor na primeira etapa das eleições, apesar dos efeitos confederados. Embora venha a ocorrer o 2° turno, Lula e é a liderança vitoriosa, pois enquanto liderança foi vitorioso majoritariamente nas eleições de primeiro turno
Lula derrotou Bolsonaro, apesar da insignificante perda percentual e do aumento percentual de Bolsonaro por efeitos extensivos colaterais. Lula é o vencedor ( 48%) ,apesar das derrotas no centro -sul mas marcado ela vitória no espaço Norte e Nordeste. Bolsonaro perdeu com ( 44%) não pelas suas qualidades e pelo discurso mais agressivo que conservador. Isto significa que a campanha de Bolsonaro estava concentrada na força federativa dos estados, uma articulação estratégica, que, movimentando a later (isto é, na invisibilidade dos estados) da eleição Presidencial teve sucesso.
Esta mesma estratégia federativa, de características confederativas, permaneceu forte não como força conservadora, mas como radicalismo reacionário, que obteve maior sedimentação, eventualmente na movimentação contra a laicidade do Estado ou da natureza católica da nação. Neste sentido, as forças conservadoras reacionárias elegeram os governos estaduais, resta verificar se o social-trabalhismo e as correntes de centro- esquerda e suas alianças serão vitoriosos no Brasil.
Lula, mesmo na compressão confederada e reacionária sai da eleição com o candidato a presidente mais votado, como votos nacionais expressivas de sua eleição. Bolsonaro se beneficiou do reforço conservador confederado em torno de mais 1O%, mas Lula está com o percentual (aliás, 1,5 % a mais) em relação às indicações nas pesquisas quistas. O drama está no futuro. Lula é a alternativa de centro-esquerda, na ausência dele os horizontes não são límpidos.