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Pacientes morrem no HUT por falta de medicamentos

Hospital de Urgência de Teresina entregue às baratas

O paciente de 35 anos foi internado no HUT após complicações com uma infecção na perna. Dias depois, os médicos decidiram pela amputação. Mas o rapaz não resistiu e faleceu. Os familiares de Júlio Cesar Costa relataram que tiveram que comprar morfina para ele, por solicitação dos médicos, para a cirurgia de amputação da perna. Os familiares contaram também que foram impedidos de levar um ventilador. Eles quiseram levar o aparelho porque o ar-condicionado do hospital não estava funcionando.

"Isso foi um assassinato, não foi uma morte. A gente perdeu uma pessoa da nossa família. Nunca mais ele vai voltar, nunca mais a gente vai ver ele. Os médicos diziam que estavam fazendo de tudo para salvar ele. Os médicos não têm culpa, quem tem é a saúde pública". 

Em nota, a direção do HUT informou que a Fundação Municipal da Saúde tem se empenhado para garantir que o hospital permaneça com estoques de medicações e insumos suficientes a atender a demanda dos pacientes. Leia a nota completa no final da reportagem.zO rapaz de 35 anos procurou o Hospital do Dirceu no dia 18 de fevereiro por conta de uma infecção na perna. Após ser atendido algumas vezes e fazer uso de antibióticos, ele piorou e, no dia 23, ele foi internado numa Unidade de Pronto Atendimento.

Dois dias depois, em 25 de fevereiro, ele foi transferido para o HUT. Nesta quinta-feira (7), ele faleceu vítima de uma infecção generalizada em decorrência de uma necrose da perna.

Médicos pediram morfina para fazer amputação

Segundo um familiar do rapaz, que pediu para ter sua identidade preservada, os médicos avisaram à família que precisariam amputar a perna do rapaz. Para isso, pediram que a família comprasse três caixas de morfinaEles conseguiram comprar apenas uma. Dois dias depois, a cirurgia foi desmarcada.

"Fizeram uma raspagem na perna dele, tiraram muita secreção. Fizeram uma revisão da cirurgia e decidiram teriam que ser feita a amputação. Mas depois disseram que era complicado, porque ele não aguentaria, que poderia morrer", disse um familiar do paciente. Apenas depois da morte a família foi informada de que ele estava com uma infecção por um tipo de bactéria multirresistente a alguns tipos de medicamentos, sendo necessários antibióticos específicos.

"Só falaram para a gente [da infecção] depois do óbito. Se tivessem falado que faltava algum remédio para matar essa bactéria, a gente ia correr atrás, né. Mesmo não sendo nosso papel fazer isso", disse. Família foi impedida de levar ventilador

Segundo a família, todos os dias em que visitavam o rapaz, encontravam ele e os outros pacientes da enfermaria cobertos de suor. Os aparelhos de ar-condicionado estavam desligados. Em um desses dias, perguntaram que poderiam levar um ventilador, para aliviar o calor do rapaz. Mas não foi permitido.

"E no calor que faz em Teresina, quem aguenta? Sem remédio, sem higiene, sem os cuidados necessários?", questionou.

Falta de antibióticos

O caso está sendo apurado pelo Hospital de Urgência de Teresina (HUT) por possível falta de antibióticos na unidade. Após inúmeras denúncias a respeito da falta de medicamentos, equipamentos e insumos, o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) relatou o óbito do homem, de 35 anos, na quinta (7), que sofreu necrose na perna e infecção generalizada decorrente da lesão. 


Pacientes estão morrendo por falta de medicamentos e calor


O homem estava internado havia pelo menos 10 dias, conforme documentos obtidos pela reportagem. Ele chegou a passar por cirurgia e limpeza do ferimento. Havia ainda recomendação de amputação da perna atingida pela lesão. O paciente, além disso, já tinha sequela neurológica decorrente de traumatismo craniano sofrido anos antes.

Conforme o hospital, o caso está sendo apurado por comissões internas. A assessoria de comunicação, do HUT, em nota, informou que em caso de "indisponibilidade pontual de alguma medicação no estoque da farmácia", é possível a "substituição de tal medicação por outra, de igual classe e efeito similar que se encontre disponível".

Na prescrição médica, contudo, havia a observação de que, embora recomendado o tratamento com antibioticoterapia, o paciente não estava recebendo as medicações "por falta de opções no HUT".

Resumidamente, um tipo de bactéria multirresistente a alguns tipos de medicamentos, sendo necessários antibióticos específicos. O problema do desabastecimento já havia sido relatado por profissionais de saúde do HUT, informando que cirurgias de urgência começaram a ser agendadas por falta de medicamentos.

Além disso, familiares de pacientes precisaram comprar a medicação para pacientes internados. Kelson Veras, médico intensivista do hospital, detalhou o problema em entrevista na última terça (5) e destacou óbitos decorrentes do problema.

Falta tudo no HUT

O presidente do Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), Samuel Rêgo, declarou que um paciente faleceu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) devido à falta de medicamentos. Segundo Rêgo, o antibiótico necessário para o tratamento do paciente estava prescrito desde o dia 28 de fevereiro, mas a primeira dose só foi administrada no dia 6 de março. Infelizmente, o paciente veio a óbito no dia seguinte, 7 de março.

 

 




 







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