Semana passada, lamentavelmente e pela enésima vez, repercutiu em todos os meios de comunicação mais um caso terrível de suicídio de jovem em nossa Teresina.
Fico imaginando como estarão passando os familiares e todos os que mantinham relacionamento com o jovem ao saber da triste perda, este com apenas 11 anos de idade.
Diante desse fato, estava eu refletindo como foram meus primeiros anos de vida e a que fui submetido para chegar onde estou hoje. Em primeiro lugar não havia creche, pois as mães cuidavam dos filhos e no meu caso, fui para o jardim da infância no Patronato Dom Barreto aos 4 anos de idade. Ou seja, para os padrões atuais, estaria atrasado pelo menos dois anos.
Como eu morava próximo do colégio, minha mãe ia me deixar e me pegar a pé. Eu dormia numa rede, cama foi um luxo que só experimentei depois de 10 anos e sem o luxo do carro. Eu ia e voltava do colégio a pé.
Todo domingo íamos à missa que era celebrada pelo Padre Melo, na capela do Patronato. Lá era a oportunidade das famílias se encontrarem numa grande confraternização, após a celebração. As pessoas eram simples, pouquíssimos ostentavam alguma jóia ou mesmo um vestido especial. Mas todos eram simples.
Se comparado aos dias de hoje, onde as mães dão a luz e às vezes cuidam por mais 4 meses. Daí contratam uma babá ou deixam com a avó para que ela seja a guardiã, durante a semana e só vão pegar nos filhos nos fins de semana, como se fosse um brinquedo.
Não sei de quem é a culpa desse modelo perverso que hoje está em vigor, mas sei que tem causado muitos estragos, principalmente entre os jovens, os mais vulneráveis neste processo de crescimento e conhecimento da vida. Na minha opinião, pioramos muito.