Está quase no fim o disse-me disse envolvendo a formação da chapa majoritária para reeleição do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Em reunião realizada na noite de ontem (17), no Palácio de Karnak, o governador reuniu-se com o presidente do MDB no Piauí, Marcelo Castro, o presidente da Assembleia , Themístocles Filho, e os parlamentares João Madison, Ismar Marques, Pablo Santos, Mauro Tapety, Liziê Coelho, e Severo Eulálio.
Como havia feito antes com a sua atual vice-governadora Margarete Coelho de não dá a chance de reeleição, agora foi a vez do deputado estadual Themístocles Filho (MDB), presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, de ser sacado do esquema. O fato gerou muito descontentamento no meio político, o que poderá ocasionar a debandada total do partido da base de apoio ao governo.
Após a reunião, tanto Themístocles Filho, Marcelo Castro, presidente do MDB regional e demais integrantes do MDB, saíram decepcionados com a decisão de Wellington Dias e, por isso, vão se reunir nesta quarta-feira (18), para decidir novos rumos, se ficam ou se debandam para apoiar a oposição.
A reunião foi a portas fechadas no Palácio de Karnak, onde o governador comunicou que a proposta do partido não seria aceita integralmente. Em contrapartida, haverá o chapão (aliança proporcional com todos os partidos) para eleger o maior número de deputados da base governista. A vontade do governador é de colocar Regina Sousa na vaga de vice e o MDB indicaria a segunda vaga ao Senado.
Themístocles Filho deixou a reunião sem falar com a imprensa. Apenas Marcelo Castro conversou com jornalistas. Ele fez mistério sobre a reunião, mas prometeu anunciar nesta quarta-feira (18) a decisão sobre o que foi proposto na reunião com o governador.
"Vamos analisar o quadro. Eu não quero antecipar antes da gente reunir e o MDB assumir uma posição que possa anunciar para a sociedade", disse Marcelo Castro. Segundo ele, o MDB tinha dois pleitos junto ao governador: o chapão para a coligação proporcional e a vaga de vice.
DEMORA PREJUDICA
Todos os partidos aliados são de acordo que a demora na decisão do governador em indicar logo os pretendentes aos cargos na sua chapa para as eleições de outubro, está prejudicando ações e acordos, além de decepcionar os candidatos, como é o caso de deputado federal Júlio César Lima (PSD), que contava como certa a sua indicação na segunda vaga ao Senado.
O primeiro a dizer que não gostou da atitude de Wellington Dias foi o senador Ciro Nogueira (PROGRESSISTAS), que mesmo não podendo contar com a possível permanência da atual vice-governadora Margarete Coelho na chapa, vai permanecer com seu apoio à reeleição do governador, mas com os ânimos enfraquecidos.
O mesmo aconteceu com o cantor piauiense Frank Aguiar (PRB), que foi defenestrado da chance de disputar a segunda vaga ao Senado ao lado de Wellington Dias. Caso o MDB debande, o pré-candidato ao Senado, deputado Dr. Pessoa (PODEMOS), disse está de braços aberto esperando os dissidentes e fará chapa para concorrer ao governo do estado pela oposição.