O promotor de Justiça Assuero Stevenson Pereira Oliveira, titular da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, afirmou que recebeu uma nova denúncia de crime de estupro contra o coronel da Polícia Militar do Piauí, Ricardo Pires de Almeida.
Dessa vez, o pai da vítima procurou o Ministério Público Militar depois que a filha tomou conhecimento do caso envolvendo o oficial e resolveu revelar que tinha sido violentada aos 10 anos de idade, em Teresina.
O promotor Assuero Stevenson disse que ouvirá o pai, formalmente nas próximas horas. “O pai ligou para mim, chorando, falando que havia acontecido isso. Eu solicitei dele que se ele quisesse, claro, nos procurasse para que tomasse suas declarações para verificarmos se foi crime militar, se não for eu vou encaminhar para a promotoria, para abertura de inquérito policial comum. Mas ele narrou que isso ocorreu há alguns anos atrás. A filha dele ligou, ontem, dizendo que estava muito aflita, pois esse coronel havia abusado dela quando ela tinha 10 anos”, explicou o promotor.
O representante ministerial afirmou que em função da primeira denúncia, a promotoria vai apurar se houve crime militar e, caso a denúncia não se caracterize, o inquérito policial militar será encaminhado para a comarca onde ocorreu o crime.
Entenda o caso
Na manhã de ontem, quarta-feira (30), a mãe de uma criança de 11 anos publicou um vídeo nas redes sociais, narrando que sua filha havia sido estuprada pelo coronel da PM-PI, Ricardo Pires de Almeida.
Segundo a mãe da vítima, o crime aconteceu na residência dos avós paternos, onde a criança ficava enquanto a ela trabalhava, no município de Paulistana, região Sul do Piauí. No relato desesperado, ela afirma que sua filha está traumatizada.
“O fato que aconteceu é que minha filha foi abusada por um monstro, o coronel Ricardo, de Teresina. O fato aconteceu na casa dos avós paternos e eu vou contar tudo. Como de costume, minha filha saía do colégio ia para casa dos avós. Como eu trabalho à noite, lá era o lugar mais seguro. Deixando bem claro, os avós sempre tiveram o maior cuidado, sempre deram atenção, mas chegando lá esse moço estava lá e aconteceu o que aconteceu.
Quando foi cinco e trinta e oito da tarde, minha filha já me liga aos prantos, pedindo mamãe, mamãe vem me buscar e já foi relatando. Eu achei estranho, porque quando eu ia buscar ela, às vezes, ela ficava chorando para não ir embora, porque ela gostava de lá, entendeu? Gostava de lá, gostava de brincar e hoje eu estou com minha filha aqui traumatizada”, narrou a mãe da criança.
Em função disso, foi aberto um inquérito policial pela Polícia Civil e após repercussão do caso, o comando geral da Polícia Militar do Piauí resolveu afastá-lo de suas funções, enquanto perdurarem as investigações.
Além da notícia
E é bom mesmo que a Polícia Militar do Piauí, através de inquéritos, busque a verdade, porque fatos como estes não acontecem raramente no seio da PMPI, e fica por isto mesmo. A Polícia Miliar sempre joga para debaixo do tapete, e muitos casos de omissão e prevaricação da outrora briosa, fica maculada como abuso de poder.
Não é de hoje que os militares e oficiais da PMPI cometem abusos e sequer são molestados. Eles têm que pagar pelos excessos e crimes perpetrados ao longo dos anos. E o pior dos piores, é que as vítimas molestadas ficam para o resto da vida com traumas e desamparadas. Fatos como este, diante de provas, tem quer expulso da corporação para o bem de todos. E vejam que este coronel tem o DNA policial na família, com irmãos, sobrinhos e cnunhados nos quadros da Polícia Mlitar do Piauí.